A aquisição do KaBuM! pelo Magazine Luiza em 2021 ainda gera controvérsias. Os fundadores da empresa, os irmãos Thiago e Leandro Ramos, que foram demitidos da varejista por justa causa neste ano, planejam entrar com uma ação judicial contra o Magazine Luiza. Eles alegam supostos atos de calúnia e difamação relacionados às razões apresentadas pela varejista para o desligamento de ambos. Em contrapartida, o Magazine Luiza afirmou que pode, no futuro, processar os irmãos Ramos para recuperar danos causados pela acusação.
Principais pontos:
- A varejista alega que os irmãos Ramos teriam utilizado o KaBuM!, após sua venda, para despesas pessoais, como a importação de carros e a abertura de uma empresa concorrente.
- Os irmãos Ramos, através do escritório de advocacia Warde, interpelaram criminalmente Frederico Trajano, CEO do Magalu, e outros executivos, buscando uma retratação pública e alertando sobre a possibilidade de um processo por calúnia e difamação.
- A defesa dos irmãos Ramos apresentou argumentos, incluindo capturas de tela de conversas e outras evidências, para refutar as alegações do Magazine Luiza.
Questões a considerar:
- Como essa disputa legal pode impactar a reputação e as operações do Magazine Luiza e do KaBuM!?
- Quais serão as implicações legais para ambas as partes à medida que o caso avança?
- Como a relação entre os irmãos Ramos e o Magazine Luiza se deteriorou a ponto de levar a ações judiciais?
Disputa entre KaBuM! e Magazine Luiza
A controvérsia entre os fundadores do KaBuM! e o Magazine Luiza se aprofunda à medida que novos detalhes surgem. Documentos obtidos pelo EstadãoBroadcast revelam que partes do relatório, que não favoreciam a narrativa da acusação, foram suprimidas pelos irmãos Ramos e sua defesa. Até o momento, os Ramos conseguiram uma decisão favorável em primeira instância para acessar os contratos do Magazine Luiza e do Itaú BBA relacionados à oferta subsequente de ações e as mensagens trocadas durante o processo de venda.
Desdobramentos da transação:
- O processo de venda do KaBuM! teve início em 2019 e atraiu cerca de 20 interessados. O valor final pago pelo Magalu, de R$ 3,5 bilhões, aumentou ao longo das negociações devido à concorrência de empresas como Americanas e Havan.
- Leandro Ramos, do KaBuM!, em nota, acusou o Itaú BBA e Ubiratan Machado de traição e conflito de interesses. Ele alega que ambos trabalharam em benefício do Magazine Luiza e não do KaBuM!.
- O Magazine Luiza, em sua defesa, reitera sua postura ética e transparente ao longo de mais de 60 anos de operação. A empresa afirma que todas as decisões tomadas em relação ao KaBuM! e seus fundadores são baseadas em fatos e serão apresentadas à justiça no momento adequado.
- O Itaú BBA refutou todas as acusações, destacando que a venda do KaBuM! ao Magalu foi realizada após um processo competitivo e transparente. O banco lamenta que a justiça esteja sendo acionada com base em informações falsas.
A disputa entre os fundadores do KaBuM! e o Magazine Luiza destaca os desafios e complicações que podem surgir após grandes aquisições. À medida que o caso avança, é crucial que ambas as partes apresentem evidências concretas para sustentar suas alegações. O desfecho deste caso será observado de perto pelo mercado e pode ter implicações significativas para ambas as empresas.